sexta-feira, 12 de junho de 2009

O FUTURO DO JORNALISMO É A WEB TV












Nato Kandhall - Gerente da Web TV CREA-RJ

Leandro Rafael e Monique Gonçalves
Jornalismo Digital

Em 2000 foi criada a primeira web rádio e TV empresarial no Rio de Janeiro. O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA-RJ implementou na web uma nova mídia eletrônica, que tinha como objetivo reportagens e coberturas de eventos do Conselho. O responsável pelo novo canal foi o jornalista e radialista Nato Kandhall. Ele, que tem 31 anos de profissão, já passou por inúmeros canais de comunicação como: Manchete, TV Rio, Rádios FM O Dia, Transamérica, entre outros. Kandhall comenta sobre o futuro do jornalismo.


JILÓ: Quando você se interessou pelo jornalismo digital?
Nato Kandhall: Foi algo casual. Em 1995, quando foi implantada a internet no Brasil, eu tive a oportunidade de trabalhar com um jornalista que atuava na implantação da internet em empresas. Mas essas novas tecnologias ainda eram muito acadêmicas nessa época. Eu sempre fui muito curioso. Conversando com esse meu amigo a gente percebeu que iria chegar um momento que a internet iria absorver o rádio. Quando chegou em 98, vimos no jornal do Brasil uma entrevista mostrando Gilberto Gil lançando a primeira música pela internet. Foi ali que percebi a importância dessa mídia. Em 1999 conheci a tecnologia do “streaming”, que permite o conteúdo de áudio e vídeo através da internet e, desde então, comecei a trabalhar com jornalismo digital.

JILÓ: Como foi o seu primeiro contato com o CREA-RJ?
NK: Eu tinha uma rádio em Visconde de Mauá que era transmitida via internet em 1999. Em 2000, um ex-presidente do CREA-RJ foi fazer uma palestra na cidade e eu o chamei para uma entrevista na Rádio. Ele ficou curioso com a programação via internet e me chamou para uma reunião no Rio de Janeiro para explicar o projeto e resolveu comprá-lo. Primeiro implantamos a rádio web, depois o projeto se desdobrou e também virou webtv. Na verdade foi um caminho natural. Esse projeto se tornou vitorioso e virou referência para projetos de outras empresas que hoje em dia possuem tv corporativa via web.


“Em 1999 conheci a tecnologia do “streaming”, que permite o conteúdo de áudio e vídeo através da internet e, desde então, comecei a trabalhar com jornalismo digital”.


JILÓ: Qual a importância desse novo canal de comunicação?
NK: A importância é a percepção e a quebra de paradigmas. Na virada do século, a gente percebeu essa quebra que saiu do papel para o meio eletrônico. A internet é uma realidade. Hoje em dia se faz transmissão de qualquer coisa via internet. Ela gera material de alta definição e com conteúdo em HD. Depois da web 2.0, já está vindo a web 3.0. É um comportamento sem volta. É uma nova maneira da sociedade se relacionar com a mídia de maneira participativa que antes não tinha essa possibilidade.


“Esse projeto se tornou vitorioso e virou referência para projetos de outras empresas que hoje em dia possuem Tv corporativa via web”

JILÓ: Você acredita que a Web TV é o futuro do jornalismo?
NK: Acredito de uma certa forma, já que o jornalismo também vai se desenvolver em outras plataformas. Porém, sem dúvida nenhuma, o grande caminho será a web TV. A televisão em alta definição via internet é uma realidade, já que as pessoas estão cada vez mais na frente dos computadores, interagindo com o meio eletrônico. Com certeza é o futuro de um novo mercado profissional do jornalismo.

Um comentário:

  1. Este é um assunto interessante. O "streaming" é a tendência do mercado na internet. São tantas vertentes que nós, aspirantes a jornalistas, se não formos bem orientados ficaremos perdidos com tanta inovação.

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