terça-feira, 2 de junho de 2009

JORNALISTAS TROCAM REDAÇÕES PELA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

Márcia Leoni - Jornalista da Petrobras



Texto: Rosi Castro / Lívia Cavalcanti ( 7º Período) - Jornalismo Digital







O segredo não é mais a alma do negócio. No âmbito corporativo, as empresas perceberam que as informações têm que circular tanto interna quanto externamente. A comunicação corporativa, que vem se consolidando gradativamente como uma grande ferramenta para o desenvolvimento de uma organização, vem abrindo portas no mercado de trabalho e atraindo jornalistas para grandes oportunidades dentro das empresas. Um exemplo disso é a jornalista Márcia Leoni, que formada há 19 anos pela PUC-RJ, sempre trabalhou com comunicação empresarial. Desde 2001, atua como jornalista da Petrobras. Segundo Márcia, além dessa área ser promissora, ela vem crescendo e desempenhando um papel fundamental para as instituições.


JILÓ- Já exerceu a profissão fora da Petrobras?


MÁRCIA LEONI- Sim, desde 1991 atuo na área de comunicação empresarial. Primeiro, como redatora de publicações internas na Sul América Seguros, até 1995. Depois, como redatora "frila" dos jornais internos: Notícias na Lata, da Reynolds Latasa (que ganhou o Prêmio Aberje em 1997), Cimento Mauá, ABM Newsletter e Revista do IBEU.

JILÓ- Quais funções você já assumiu na empresa?


M.L- Desde 2001 sou colaboradora da Revista Petrobras. De 2001 a 2004, fui redatora web do departamento de Abastecimento. Atualmente trabalho como jornalista da comunicação empresarial desde 2004.



JILÓ- Você acha que a comunicação empresarial está abrindo portas no mercado de trabalho para recém-formados?


M.L- Acredito que neste momento de crise mundial o mercado está bastante fechado, mas a comunicação empresarial é um segmento que vem crescendo muito, fundamental para o bom relacionamento interno nas empresas.



JILÓ- Como é o seu dia a dia na empresa?


M.L- Muito corrido e cheio de atividades, entre apuração, redação e criação de textos para campanhas, jornais, comunicados internos etc.

JILÓ- Como funciona o setor onde atua?


M.L- Lá desenvolvemos campanhas corporativas e publicações para a força de trabalho da companhia lotada nos escritórios do Rio de Janeiro. Falamos somente para o público interno.

JILÓ- Por que trabalhar nesta área e não em uma redação?


M.L- Desde que me formei trabalho com comunicação empresarial. Trabalhei em redação antes de me formar, mas prefiro o ambiente corporativo, onde a atuação do jornalista se mistura muito com a do Relações Públicas.


"A comunicação empresarial é um segmento que vem crescendo muito, fundamental para o bom relacionamento interno nas empresas"



JILÓ- O que você espera do futuro do jornalismo?


M.L- Em primeiro lugar, que as empresas de comunicação continuem exigindo ou passem a exigir o diploma. A universidade é fundamental para a formação do jornalista e a qualificação do profissional. Em segundo lugar, que a democracia no País amadureça muito mais: jornalismo e democracia são faces de uma mesma moeda. Infelizmente, hoje, o jornalismo é quase um mito, uma lenda de algo que se praticava no passado, pois os interesses políticos e pessoais tendem a se sobrepor em relação à imparcialidade e à busca pela verdade.


JILÓ- O que diria para aqueles que estão começando atuar na área?


M.L- Que sejam éticos, pois é o mais importante dos valores jornalísticos. Busquem sempre a verdade, busquem brechas para veicular a verdade. Ouçam e publiquem todas as versões, sobretudo as dos mais fracos e as versões dos que não têm voz ou são perseguidos por lutarem por um mundo mais igualitário e humano.




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