A equipe de reportagem do Jiló Campus conversou com Eduardo Tironi, que explicou, entre outros assuntos, o que o mercado de trabalho espera do profissional recém-formado e como ele pode desenvolver seu conhecimento fora da universidade.
Texto: Camila Oliveira e João Henriques – Turma Jornalismo Digital
JILÓ CAMPUS: Como as novas ferramentas de comunicação alteram o conteúdo produzido pelas empresas jornalísticas?
EDUARDO TIRONI: As novas mídias (essencialmente a internet) mudaram o comportamento das redações em todos os aspectos. No aspecto editorial, os jornalistas e os jornais que mantém sites no ar tiveram que se adaptar a um novo sistema de trabalho, em que não há apenas um fechamento no final do dia, mas um processo contínuo de apuração durante todo o dia. No aspecto físico, muitas redações tiveram que criar uma mesa central de edição em que gravitam em torno dela as mesas das editorias. Muitas redações construíram estúdios de TV para web. Enfim, mudou-se o conceito de como se fazer notícia.
JILÓ: Além da formação universitária, que tipo de capacitação o jovem jornalista deve buscar para se tornar um profissional multimídia?
TIRONI: Todo tipo de capacitação é importante para um jornalista. É fundamental que ele se especialize no assunto que quer cobrir, sempre.
JILÓ: E como a empresa jornalística pode trabalhar na capacitação de sua equipe de reportagem?
TIRONI: A empresa pode providenciar cursos, estágios bem trabalhados. Esta é a contribuição.
JILÓ: O jornalista mais experiente tem uma dificuldade maior para fazer uso das novas tecnologias?
TIRONI: Naturalmente, as pessoas mais velhas têm mais dificuldades com as novas tecnologias. Porém, esta é uma questão de sobrevivência no mercado. Todos devem estar atentos às novas plataformas de divulgação de informação, sempre.
JILÓ: A popularização dessas novas tecnologias muda o relacionamento do jornal (impresso ou virtual) com o leitor?
TIRONI: A popularização das novas tecnologias obrigará os jornais a produzirem cada vez mais conteúdo multimídia com qualidade. É uma questão de sobrevivência das empresas. Quem estacionar neste processo tende a desaparecer do mercado.
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