quarta-feira, 27 de maio de 2009

AUTORIDADE PARA EDUCAR

Dilma Alves
Solange Monteiro

Texto: Andrezza Henriques (6º período) – Estagiária Mídia Impressa
Foto: Rodrigo Aquino (3º período) - Mídia Impressa

Ao retornarem para o campus, os gestores assistiram a palestra da professora de pedagogia Solange Monteiro, com o tema “Crise de Autoridade”, um assunto que fez os educadores se espelharem e refletirem um pouco no que é dever da escola e no que é dever da família.

Um ponto lembrado por Solange é que não existe mais o convívio das crianças em brincadeiras de rua, e que o único contato com outras crianças é feito na escola, pois essas atividades foram substituídas pelo computador e pelo vídeo game, por isso às vezes o convívio delas acaba sendo complicado.

A relação entre responsável, aluno e escola devem ser harmoniosos e de acordo com a palestrante que também é orientadora educacional no Colégio Cruzeiro, deve ser associado a uma equipe bem integrada na instituição. “É necessário a orientação dos coordenadores e dos professores para que eles saibam das regras a serem compridas, pois todos precisam seguir o mesmo rumo, não adianta querer ter autonomia, se os alunos sabem que tem um professor que é tranqüilo e o outro que é rígido. Isso enfraquece a autoridade de toda a escola”, afirma Solange.

Outro assunto abordado, foi que hoje em dia o que acontece nas famílias é a ausência da autoridade de pai ou mãe. As crianças desde cedo passam a dominar os responsáveis nas pequenas escolhas familiares e com o decorrer do tempo vão tomando proporções maiores, fazendo com que chegue à escola, à universidade ou até mesmo no mercado de trabalho e não aceite limites e imposições de pessoas hierarquicamente maiores.

Quando o assunto eram as escolas particulares, os gestores concordaram com o posicionamento da palestrante que diz que o aluno se vê como freguês, por achar que está pagando pelo serviço e que tem o direito de ter sempre a razão, e o que alimenta esse sentimento é a orientação dada pelos pais.

“Os pais hoje ajudam na desconstrução da autoridade da escola, pois eles ensinam o aluno a sempre dar um jeitinho, por exemplo, aumentar uma nota, questionando o professor sua avaliação, o que não acontecia quando o educador era visto como um profissional de respeito e pela sabedoria que era passada” disse a palestrante.

A orientadora do Colégio Estadual Stella Matutina, Dilma Santos Alves da Silva disse que mesmo o colégio público não tendo esse problema, a falta da presença dos responsáveis e a maneira com que os alunos se dirigem aos educadores atualmente é totalmente o contrário do que deveria ser.

Ao concluir, Solange frisou 3 pontos importantes para que o verbo educar seja bem aplicado, na escola ou pela família, de uma maneira geral deve conter:
Legitimar pertencimento;
Definir fronteiras relacionadas a hierarquia parental;
Exercer a função de pai e a função de mãe.

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